Castelos de areia

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    É difícil parar para refletir sobre o tempo, o passado e o futuro, já que quando olhamos para trás ou a nostalgia ou o sofrimento nos escravizam e quando olhamos para frente a ansiedade toma conta de nós. Por essas e outras o poeta estava aflito, pois ele reparou em sua transitoriedade. Os castelos ao seu redor se desmanchavam, todas as coisas que o deixavam seguro eram, agora, como castelos de areia, frágeis e passageiros.
Na sua angústia ele diz:

Senhor, ouve minha oração, escuta minha súplica! Meus dias somem como fumaça; como brasas ardentes, meus ossos queimam… Minha vida passa rápido, como as sombras que se vão; vou murchando, como o capim. 

No meio de minha vida, ele me tirou as forças e me encurtou os dias. Mas eu clamei a ele: “Ó meu Deus, que vive para sempre, não tires minha vida enquanto ainda sou jovem!” Muito tempo atrás, lançaste os fundamentos da terra e com as tuas mãos formaste os céus. Eles deixarão de existir, mas tu permanecerás para sempre; eles se desgastarão, como roupa velha. Tu os trocarás, como se fossem vestuário, e os jogará fora. Tu porém, és sempre o mesmo; teus dias jamais terão fim.
 (Salmo 102.1,3,11,23-27)

    Agostinho quando leu este Salmo afirmou que “os anos para Deus não morrem, eles são um eterno dia sempre presente”. A nossa angústia sobre o tempo só pode ser solucionada por aquele que não a possui, como o próprio Agostinho afirma:

Em Vós estão as causas de todas as coisas instáveis, permanecem as origens imutáveis de todas as coisas mudáveis, e vivem as razões eternas das coisas transitórias. (Santo Agostinho, Confissões, livro I cap. 6)

    Deus é a causa de tudo aquilo que existe, mesmo daquilo que poderá deixar de existir. Em Deus estão as origens, origens essas que não mudam com o tempo, origens de tudo aquilo que muda, inclusive o próprio tempo. Deus possui a razão da existência de tudo, nele vive a razão do tempo e só ele consegue curar o estrago que só o tempo é capaz de fazer. Nossos castelos de areia serão transformados em algo que nem o tempo é capaz de destruir.

Assim diz o Senhor Soberano: quando eu os purificar de seus pecados, farei que seus castelos voltem a ser habitados e as ruínas sejam reconstruídas. Ezequiel 36.33

vida mortal ou morte vital


Que pretendo dizer, Senhor meu Deus, senão que ignoro donde parti para aqui, para esta que não sei como chamar, se vida mortal ou morte vital?


    A morte faz parte do nosso mundo, mas ao mesmo tempo não se encaixa em lugar algum. Ela está ali e fingimos que não conseguimos enxergá-la, porém não há como evitá-la. Agostinho não evita o assunto e nem tenta reagir como se a morte fosse uma coisa boa ou agradável, pois não é.
    A bíblia fala sobre a vida e insiste em dizer que Deus é o Deus da vida, que fornece vida e que se agrada com a vida e que Jesus é o logos da vida, ou seja, o sentido ou a palavra da vida, entretanto percebemos que a morte também é um assunto recorrente nas escrituras.
    A morte não pode ser esquecida, já que alguém que não saiba lidar com a morte é alguém que terá problemas sérios em sua caminhada neste mundo. Uma pessoa saudável é aquela que lida bem com a morte, e isso não quer dizer que aceite ou goste.
    Juntamente com a morte vem a dor e, quer aceitemos ou não, a nossa cultura atual foge da dor a todo custo sendo que isso não é uma coisa boa.
    No lado biológico da moeda, a dor tem várias funções e uma das mais importantes que podemos dizer é aquela dor que mostra algo errado ali e que você não pode ignorar, é por isso que aqueles remédios que apenas amenizam a dor mas não tratam a doença em si podem ser tão perigosos, pois o corpo está mandando sinais de perigo, mas o remédio lida apenas com o sinal de perigo e o verdadeiro perigo continua lá nos matando aos poucos.
    As nossas dores emocionais, psicológicas, existenciais e afins funcionam em um sentido parecido com as nossas dores físicas, se tratarmos apenas o sinal de perigo não teremos tratado o perigo real e continuaremos morrendo sem saber. É por isso que:

É melhor ir a funerais que ir a festas; afinal, todos morrem, e é bom que os vivos se lembrem disso. A tristeza é melhor que o riso, pois aperfeiçoa o coração. O sábio pensa na morte com frequência, enquanto o tolo só pensa em se divertir.
Eclesiastes 7.2-4

    Agostinho ao falar da vida não cansa de falar sobre o prazer da vida e do quanto a sua vida é abençoada por Deus, mas e a morte? A morte também tem o seu espaço pois ele é sábio e o sábio sabe como lidar com a dor sem fingir que ela não existe. Em suas confissões ele não pinta um quadro perfeito sem dor ou sofrimento, isso seria estupidez de sua parte, ao contrário, o sofrimento faz parte de suas confissões e a morte também, tudo isso para que ninguém se engane sem considerar que:

“A vida humana, enquanto se prolonga e parece prolongar-se, é antes um decrescimento do que um crescimento.” (Santo Agostinho, Sermão XXX-VIII)

Castigo


Que sois para mim? Compadecei-Vos, para que possa falar! Que sou eu aos vossos olhos para que me ordeneis que Vos ame, irando-Vos comigo e ameaçando-me com tremendos castigos, se o não fizer? É acaso pequeno castigo não Vos amar? Ai de mim!
(Livro I, cap. 5)

    Agostinho se questiona: quem eu sou para que Deus se importe com o meu amor? Que Deus é esse, todo auto suficiente, sem necessidade de auxílio algum, mas que insiste em ser amado por aquele que nada é?
    A sua conclusão, porém, vem de seu próprio questionamento: ai de mim se eu não amar a Deus, já que o maior castigo é a própria falta de amor.
    Agostinho em sua filosofia percebe que o maior prejudicado de não amar a Deus é ele mesmo e não Deus. Deus sabe disso e insiste para que ele o ame pelo seu próprio bem. Agostinho necessita mais do amor amar a Deus do que Deus necessita ser amado por Agostinho.

    Proponho uma reflexão, qual das suas opções seria o maior castigo para a sua vida? Você conseguir tudo aquilo que mais deseja ou não alcançar nenhum dos seus maiores sonhos?
    A resposta pode parecer fácil, mas em alguns momentos tudo o que a gente mais deseja é pior do que parece ser.

    No primeiro capítulo de Romanos vemos que o castigo de Deus para aqueles que não amam a ele, é entregar a eles tudo o que desejam. É como um pai em que o filho deseja desobedecê-lo desperdiçando a vida com bebedeiras, drogas e prostituição e, depois de insistir para que o filho não faça isso, o castigo do pai é dar ao filho tudo aquilo que o filho deseja com o intuito de que, no final das contas, o filho perceba que tudo aquilo era correr atrás do vento, ao estilo do filho pródigo de Lucas 15.

Uma vez que consideraram que conhecer a Deus era algo inútil, o próprio Deus os entregou a um inútil modo de pensar, deixando que fizessem coisas que jamais deveriam ser feitas. A vida deles se encheu de toda espécie de perversidade, pecado, ganância, ódio, inveja, homicídio, discórdia, engano, malícia e fofocas. Espalham calúnias, odeiam a Deus, são insolentes, orgulhosos e arrogantes. Inventam novas maneiras de pecar e desobedecem a seus pais. Não têm entendimento, quebram suas promessas, não mostram afeição nem misericórdia.
Romanos 1.28-31 NVT

Em uma conversa, um amigo disse assim: Acho que no céu a gente vai pensar em algo que a gente queira e isso vai acontecer na hora.
Eu disse: É isso que o C.S. Lewis retrata em um dos seus livros.
Ele sorriu achando sensacional ter a mesma ideia do que o Lewis e disse: Sério mesmo?
Eu conclui, demonstrando que ele não poderia estar mais errado: Sim, ele usa essa ilustração quando ele está demonstrando como seria o inferno.

Nós rimos muito depois dessa pequena conversa, mas ela me fez perceber que o verdadeiro castigo é sonhar com o inferno imaginando-o como se fosse o paraíso.

É acaso pequeno castigo não Vos amar? Ai de mim!
Agostinho, Confissões

Repouso

Embarco em uma série de reflexões a partir de fragmentos do Livro Confissões de Agostinho.


O homem, fragmentozinho da criação, quer louvar-Vos; – o homem que publica a sua mortalidade, arrastando o testemunho do seu pecado e a prova de que Vós resistis aos soberbos. Todavia, esse homem, particulazinha da criação, deseja louvar-Vos. Vós o incitais a que se deleite nos vossos louvores, porque nos criastes para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós. (Livro I – Cap. 1)


Deus criou a particulazinha para louvá-lo, o louvor é gostoso e dá prazer ao fragmentozinho da criação que vive inquieto enquanto não repousa na imensidão, enquanto não repousa no Eterno.
A nostalgia de Deus habita no coração do ser humano, Deus criou ele assim. Isso lembra de Salomão em sua sabedoria:

Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.          Eclesiastes 3.11

Deus cria o coração com a compreensão de algo a mais, algo além do tempo, algo que não acaba. A inquietude habita no coração porque este não vê sentido na morte, não vê sentido no fim. Os términos não agradam tanto quanto os inícios, os casamentos são um alívio em meio a funerais. O coração só se acalma no Eterno e percebe que não há término no repouso divino.
Aquele que procura descanso precisa entender que Deus o criou para ele e o coração vive inquieto enquanto não repousa nele.

“Nos criastes para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós.” Agostinho

Gotas e centavos

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Deus! – bradou o jovem. Eu tenho um pedido. Algo que se o Senhor me der serei feliz e eternamente grato. Algo que se for digno de receber terei mais do que qualquer outra pessoa neste mundo, porém o Senhor não precisará tirar isso de ninguém. Se eu ganhar o que vou lhe pedir, isso não afetará diretamente a vida de uma pessoa sequer a não ser a minha própria.

O que eu quero é justamente aquilo que todos parecem não querer, sem exceção. O meu desejo pode ser concedido sem o perigo da inveja, pois eu sou o único no mundo que deseja isso.
Eu dou minha palavra de que ninguém reclamará ao Senhor sobre a minha vida depois de me conceder o que estou para lhe pedir.
Ninguém olhando para cima ou para seus joelhos, gritando ou falando em bom tom direcionará a palavra aos céus para questionar: Por que ele ganhou tudo isso e eu não possuo nada daquilo que ele tem? Assim como eles fazem com praticamente tudo, até mesmo com aquilo que não os faz bem.
Deus, o que eu quero ninguém dá valor, mas todos possuem a chave para se alcançar.
Imagine o crime perfeito. Entrar em uma casa sem a pessoa perceber, roubar algo que ela não sabia que estava lá e sair como se nada tivesse acontecido.
Nunca saberão que o ladrão esteve por lá. Ninguém jamais irá atrás dele pois não percebem crime algum e, assim, o ladrão deixa de ser ladrão, pois não há ninguém que sinta falta daquilo que não existe.
A verdade é que o lixo de uns é o tesouro de outros, e o que vou lhe pedir é como lixo para este mundo – as pessoas estão constantemente jogando fora, às vezes até conscientemente. E essa é a questão.
Pai, desejo aquilo que me traz esperança, aquilo que não se pode ver com os olhos e nem tocar com as mãos, aquilo que os lábios não sentiriam o gosto e que não se pode acumular neste mundo. Desejo o tesouro escondido, a pérola perdida. Eu desejo olhos que vejam ao Senhor e reconheçam que nada além do Senhor tem valor.
Eu desejo aquilo que é negligenciado pelos homens, aquilo que é desperdiçado, desejo a capacidade de amar que é dada a todo homem que reconhece que não é capaz de amar sem ti ó Deus. Eu desejo Jesus e que ao ganhar Jesus, eu consiga dar valor ao verdadeiro tesouro.
Um centavo parece pouco para alguém que deseja ficar rico, porém se ganhasse cada centavo que é perdido ou jogado fora consciente ou inconscientemente pelas pessoas, seria o homem mais rico deste mundo. Uma gota de cerveja não conseguiria me deixar bêbado, mas se eu bebesse cada gota de cerveja desperdiçada no fundo de cada garrafa eu viveria embriagado. O meu pedido, porém, não é a cerveja ou o dinheiro que as pessoas não deram valor, mas o amor do Senhor que foi negligenciado por todos, pois ele pode parecer pequeno para alguns, mas eu não seria capaz de conter a sua imensidão se assim quisesse.
O meu pedido é esse amor desperdiçado.

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Mansidão

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”

Mateus 5.5

Tem momentos que tudo que eu preciso na minha vida são duas horinhas a mais no meu dia, ou um ponto e meio a mais na média para não ter que me preocupar com passar na faculdade, ou até uma kombi bem equipada para poder ir viajar pelo mundo com a minha futura esposa.

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Um lugar bom para dormir em cima, duas bikes para encostar o carro e passear, e bastante espaço para levar tudo que precisaríamos para uma aventura que provavelmente nos daria boas histórias para encher um livro de trezentas páginas.

Mas quando paro de verdade para pensar, converso com Deus, eu vejo que o que realmente preciso é ser mais parecido com Jesus, simples assim. Você quer a chave para o sucesso na visão daquele que criou este mundo? O caminho é esse.

“Se eu já percebi o que realmente sou, em termos de humildade de espírito e de atitude lamentosa, em vista de minha pecaminosidade, então sou levado a ver que é necessário que em mim não se manifeste o orgulho.”

“O indivíduo manso não se orgulha de si mesmo; não se vangloria a seu próprio respeito sob hipótese alguma.”

“… ser manso significa que o indivíduo se anulou completamente, como se não tivesse direitos e nem merecimentos seja no que for.”

“Quando alguém vê verdadeiramente a si mesmo, sabe que ninguém pode dizer algo a seu respeito que seja exageradamente mal”

“…’bem-aventurados os mansos’, e não aqueles que confiam em suas organizações, que confiam em suas forças, capacidades e instituições. Antes, cumpre-nos pensar segundo um exato reverso dessas ideias.”

D.Martyn Lloyd-Jones

“Aquele que já está caído, não precisa temer a queda.”

John Bunyan

“…tidos por enganadores, sendo verdadeiros; como desconhecidos, apesar de bem conhecidos; como morrendo, mas eis que vivemos; espancados, mas não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo muitos outros; nada tendo, mas possuindo tudo.

2 Conríntios 6.8-10

alegrias proibidas

Romeno, nascido em Bucareste, Andrei Pleșu viveu muitos anos de sua vida em um país controlado por um regime comunista. Através da ótica de uma vida sofrida que teve nesse período, ele analisa o seu povo nesta situação, fazendo uma comparação com a vida na Europa Ocidental, que era, e ainda permanece de certa forma, completamente diferente.

É bom ler e ver as diferenças entre as alegrias que ele diz separar as pessoas do Leste Europeu e da Europa Ocidental, como, por exemplo, a alegria de um romeno da época em não lhe acontecer algum mal que lhe era previsto por viver dentro de um regime autoritário e injusto, enquanto que um francês da mesma época considerava como sendo algo comum coisas como energia elétrica ininterrupta, transporte público em boas condições e uma padaria com pães a um preço acessível para poder comprar em qualquer dia da semana. E isso diferenciava muito o romeno do francês, pois o que para um era “óbvio” com relação à vida diária, para o outro seria motivo de uma alegria inimaginável. No entanto, o que me chamou atenção foi o que o autor chamou de alegrias proibidas:

“na Europa Ocidental, a proibição, como expressão de uma moralidade unanimamente aceita, é legítima, o que faz que a transgressão dela seja maléfica. No Leste Europeu, a proibição era ilegítima, de maneira que a transgressão dela era um ato de coragem moral, uma forma pura de júbilo espiritual.”

Andrei Pleșu

Enquanto que para um, burlar as leis era uma falta grave contra o seu governo e até mesmo contra o seu povo, para o outro, o desrespeito à algumas leis era visto como uma “coragem moral”, pois, nessa perspectiva, não há nada mais justo do que burlar uma lei injusta.

Entendo que no Brasil haja uma separação semelhante: há alguns que vivem na “Europa Ocidental brasileira”, onde o “óbvio” é um mundo completamente diferente daqueles que vivem no “Leste Europeu brasileiro”; para aqueles a vida pode ser vivida através de uma busca de alegrias simples sem ter que levar em conta alguns problemas de seu país, enquanto que, para esses, há uma verdadeira imposição do Estado sobre eles, onde as leis só servem para punir e nunca para protegê-los.

Aqui também há o excluído, a diferença é que isso tudo acontece aqui dentro e não em países diferentes. E, a partir dessa perspectiva, acho que conseguimos entender um pouco da falta de cumprimento de algumas leis do nosso país, pois para os que estão na margem sua postura se assemelha ao que acontecia no Leste Europeu:

“a alegria de enganar o Estado, chegando até ao furto ao Estado, ganhavam, no contexto comunista, uma estranha legitimidade: eram um ato de sabotagem, uma maneira de pegar de volta o que o regime te confiscara de modo arbitrário quando chegou ao poder”

Andrei Pleșu

Eloí, Eloí

Jesus mostrou um Deus que é camarada, um Deus lado a lado. Ele chamou Deus de papai e isso até incomodou várias pessoas.

Na realidade, Jesus nunca se referiu a Deus de nenhuma forma a não ser de pai, tirando uma única vez, na cruz.

Não tem aquele momento da vida em que se sente que Deus não esteve presente? Ou que Deus nos abandonou? Jesus se sentiu assim. Na cruz Deus deixou de ser pai para Jesus, se tornou apenas Deus, e pior, um Deus que o tinha abandonado.

Se você é uma dessas pessoas que já se sentiu abandonada por Deus, cara, você não está sozinho! Além de mim, sabe quem te encontraria na salinha de espera dos desamparados de Deus? Jesus!

Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz:

“Eloí, Eloí, lamá sabactâni? ”

que significa: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”

Mas é claro que eu não vou dar essa brecha de afirmar que Deus de fato tinha abandonado a Jesus, ou vou?

A realidade é que Jesus estava carregando uma das consequências do pecado que mais faz com que deixemos Deus de lado, a solidão espiritual. Jesus carregando o nosso pecado se viu desamparado por Deus, mas Deus não o desamparou.

Nos momentos de maior angústia o que mais dói é estar longe de Deus, se Deus não está com aparência de um pai carinhoso, não está próximo e não está transbordando amor por nós, a verdade é que há algo de muito errado conosco, e conseguir enxergar isso pode ser o início de algo maravilhoso.